31.10.13

Projétil Paralelo - Entrevista e lançamento do EP "Arte-Facto-Explosivo"


Olá queridãs, é com muita satisfação que este blog lança de maneira virtual o primeiro registro de estúdio da banda oriunda lá de Correntina/BA, falo da Projétil Paralelo que acabou de finalizar o excelente EP "Arte-Facto-Explosivo". A bolachita conta com 8 cantigas, acompanhado de um zine muito bem elaborado e um poster. Posso dizer que este disco é original no que diz respeito a questão sonora e diferente de muita coisa que você anda ouvindo por aí. As influências vão do pós-punk / post-hardcore ao rock psicodélico, misturando poesia marginal, experimentalismo, melodia e revolução. A banda conta com Su Suzete nos vocais, Xi Drinx no baixo e Véi Miguelo na guitarra e destaco qui as cantigas "Jaulas Vazias" "(e)Levo", "Aborto Temporal", "Estrela do Rolê", "Reflexo da Sociedade". Pra quem se identifica com o experimentalismo sonoro, feminismo, justiça social, libertação animal, poesia e com a eterna ideia do faça-você-mesmx, esse registro é altamente indicado, lindão de ouvir e de ter em mãos. 
Logo abaixo segue uma entrevista bem legal que fiz com a banda e mais abaixo segue o download do EP "Arte-Facto-Explosivo" com o zine e o poster em anexo. Boa leitura e audição, disco muito foda!!!

BLC – Primeiramente, quando e como surgiu a banda?
Véi Miguelo: A banda surgiu em Correntina/BA no oeste baiano. Eu e Xi Drinx nos reunimos em sua casa para tocar, não tínhamos ideia ainda da banda, ou como ela seria, estávamos compondo melodias que se encaixariam nas poesias que Suzana também estava compondo, a princípio só tínhamos em mente em tocar, passar uma mensagem não como banda, apenas um trio, formado de três jovens que expressavam um rock and roll diferenciado do que acontecia por nossas bandas.

BLC – Projétil Paralelo é um nome forte, de quem foi a ideia e qual é o significado?
Xi Drinx: O nome da banda é simbólico, como a proposta da banda é transmitir várias ideias/sentimentos ao mesmo tempo, a partir do som, da música e tudo mais, isso se torna nossos projéteis que atingem quem nos ouve, são paralelos pois estão sendo enviados ao mesmo tempo, no momento que tocamos, nós transmitimos nossas ideias e concepções artísticas/políticas de uma vez só, isto nos fazer ser a Projétil Paralelo.

BLC – A banda é de Correntina/BA, como é a cena local da cidade? Espaços, público, dificuldades, fale um pouco do que rola por aí...
Suzana: É um local que já teve uma efervescência bem maior de bandas, assim como toda a região da bacia do rio Corrente, porém com a saída da cidade de várias pessoas que eram engajadas para cidades maiores (fazer faculdade, arranjar um emprego não-tão-de-merda, etc), assim como a mudança de interesses (fim da adolescência é para todxs?!), há um verdadeiro desfalque, aliado a uma juventude cada vez mais alienada.
Véi Miguelo: A cena da cidade tem resistido muito nos últimos tempos e essa resistência vem de nós da banda, que somos remanescentes da Poluição Sonora, banda que criou o primeiro festival de rock da história de Correntina, nossa cidade natal. Além de nós temos também amigos da banda que contribuem para não deixar a cena morrer.  Espero que possamos passar essa ideia a nova geração de Correntina e eles promoverem novos eventos pra dar continuidade e criar um verdadeiro espírito de cena, nós percebemos na primeira edição do Correnteza, evento de contracultura que está ficando forte na região do velho oeste, eu e xidrink's, observamos que finalmente depois de anos a cidade estava encontrando uma nova geração de jovens que curtem rock e ficamos espantados achávamos que éramos os únicos da nossa geração, porque quando tínhamos a idade desses meninos que vimos com esse estilo, éramos vistos como loucos caretas, o rock não era vistos com bons olhos pelo povo de lá. Mas, estamos aí, espero que possamos passar algo bom a nova geração já que nos últimos 10 anos não tivemos oportunidades.

BLC – A banda tem dois registros lançados e parte para o primeiro em estúdio, qual a principal mudança dos discos anteriores para este?
Suzana: Este possui uma musicalidade diferente, músicas mais agitadas e gritadas (inclusive cantadas), saindo um pouco do recital. Também as letras estão mais incisivas e agressivas.
Véi Miguelo:  A agressividade nesse novo álbum e diversidade musical maior que os trabalhos anteriores que visavam mais simplicidade nas harmonias. Há também um pouco de melancolia na harmonia desse material.
Xi Drinx: Eu acho que a mudança é a clara progressão que a banda teve em aspectos gerais, desde maior abrangência de ritmos misturados, as letras também tem uma característica mais própria que fecha o conceito do registro de uma forma completa, junto com os elementos musicais que foram introduzidos, como a guitarra extra, clarinete, sax, músicas cantadas, back vocais, enfim, uma série de coisas que só ajudaram a nos fazer uma banda mais completa no propósito que sempre galgamos.


BLC - A banda diferencia-se por ter metais (saxofone/clarinete) nos sons, além de não ficar presa num só estilo, quais foram as principais influências da banda pra chegar nessa originalidade sonora?
Xi Drinx: Poxa, falar sobre influências musicais da banda é algo complexo, todo mundo tem um gosto bem variado e diferente, o que gera algumas vezes várias tensões na banda, mas, acaba ajudando a nos moldar melhor para criar o som com nossa característica própria. Dentro do gosto pessoal você vai achar power violence, rock psicodelico, funk rock, hardcore, punk rock, rock alternativo, em linhas gerais é isso, pela sonoridade da banda dá pra entender como é o nosso caldeirão de influências; se você ouvir uma música e sentir um estilo musical ou dois ou três ali, foi intencional e é assim que gostamos de fazer as coisas, extremamente plural, nada de “raça ariana musical”.

BLC – O que o público pode esperar do novo EP “Arte-Facto-Explosivo”?
Suzana: Navalha na pele, reflexões, mais agito.
Véi Miguelo: Muita revolução
Xi Drinx: psicodelia punk

BLC – A arte do single “Jaulas Vazias” é bem interessante, quem é o responsável? A arte do EP vai ser assinada pela mesma pessoa?
Suzana: A arte é do Caio Conceição, amigo nosso do RJ, porém a arte do EP vai ser só um zine, que eu rabisquei, juntando os desenhos de Fudo e Miguelo. Não tá tão ruim assim não, haha

BLC – Agradeço aqui a oportunidade de entrevistar a banda, e fica o tradicional “espaço livre” pra banda falar o que quiser. Abraço e sucesso na correria.

Xi Drinx: Eu queria agradecer ao blog pelo espaço, às pessoas que estão lendo a entrevista e que provavelmente vão ouvir o som. Dizer muito obrigado, por mais que seja pequeno a depender do aspecto que se olha, esta chance é algo grandioso para a vida da banda, nós chegamos até aqui e é muito bom poder pensar assim. Queria aproveitar a chance também e dizer um muito obrigado a todo mundo que participou do corre da gravação e especialmente a todo mundo da banda, este foi o melhor trabalho musical que já fiz e foi muito foda ter chegado lá com vocês, independente do futuro da banda eu estou orgulhoso pelo que nós deixamos registrados dos nossos sonhos, anseios, lutas e ideias, muito obrigado mesmo.

Página da banda: Projétil Paralelo

Ouça a cantiga "Jaulas Vazias" aqui:


Uma amostra do Zine



Download:
Projétil Paralelo - Arte-Facto-Explosivo - EP (2013)

Contato: http://projetilparalelo.blogspot.com.br/

Ouça o EP "Arte-Facto-Explosivo" aqui:

30.10.13

The Renegades of Punk - Um Leão Por Dia (Vídeo Clipe)


Praia, tropical punk e prefira matar um leão por dia do que ter que enfrentar todas as dores do mundo, suando por algo que não gosta em troca do capital necessário. 
Nesta pequenina introdução eu tento definir a lindeza que ficou a película da The Renegades of Punk, banda magnífica de Aracaju/SE que é a favorita de meu universo punk/hardcore nacional de uns anos pra cá. O power trio acabou de lançar o clipe da cantiga "Um Leão Por Dia", nona faixa do épico "Coração Metrônomo", que leva a assinatura de Snapic e Selvagem:Vida Subterrânea na produção do esquema-bom. Trabalho caceteiro da peste, e vendo este vídeo bateu aquela saudade da orla marítima nordestina, da negada vendendo artesanato e da vida sem cobrança. Veja a película logo abaixo:


Página da banda: The Renegades of Punk

Conheça o som da banda aqui:

DESALMADO INICIA GRAVAÇÕES DO EP ESTADO ESCRAVO




A banda paulistana de grindcore, Desalmado, iniciou as gravações de seu próximo trabalho, o EP “Estado Escravo”. A gravação está sendo realizada no estúdio Family Mob, por André Kbelo e tendo a produção feita por Jean Dolabella (Indireto, ex-Sepultura). 

Entre as nove músicas que farão parte de “Estado Escravo”, o Desalmado fará a regravação da música “Humanos”, da época em que a banda se chamava El Fuego. O EP terá uma versão da banda para “Workers Unite”, música gravada originalmente pelo Venomous Concept.

“Estado Escravo” mostra o Desalmado mais pesado e coeso. É um disco pensado frase a frase, riff a riff. Músicas diretas que liricamente exploram a essência do homem como parte vital do sistema capitalista no controle de estados.

“O período em que escrevíamos as músicas do EP coincidiu com a inauguração do estúdio Family Mob que é do nosso guitarrista Estevam e do Jean Dolabella, que trabalhou conosco no álbum anterior do Desalmado. Jean tem feito a produção e colaborou no ajuste de algumas composições, André Kbelo está fazendo a gravação. Estamos finalizando algumas partes e as expectativas são as melhores. São 10 anos a serem completados de estrada e até por isso nossa dedicação a esse EP foi imensa”, comenta Caio Augusttus, vocalista.

O lançamento do EP “Estado Escravo”, que está previsto para o fim de novembro, marca o início das comemorações de 10 anos de existência do Desalmado, que será consolidada ano que vem com uma turnê nacional.

Mais informações:

28.10.13

Leptospirose - Tatuagem de Coqueiro (Vídeo Clipe)


"Tatuagem de Coqueiro" é o mais novo vídeo clipe do conjunto de cantiga rápida Leptospirose. A charmosa película conta com as participações dos atores amadores da banda Lo-Fi e también dos Leptos. O curta que possui pouco mais de 1 minuto de duração leva a assinatura de Fridéricks Raulis Maudrum na direção, edição, roteiro e filmagem. Este cabra de nome estranho contribuiu também no clipe "Pedra" do Mukeka di Rato e no documentário "Desagradável" do Gangrena Gasosa. O vídeo deste lindo trio de Bragança Paulista foi todim gravado nos camarins do Hangar 110 e sofre fortes influências do clipe "Sort Of Way" de R. Stevie Moore. Vale lembrar ainda que "Tatuagem de Coqueiro" é o nome do próximo disco do Leptospirose, que deve sair em cd e lp pela Läjä Golpes. Veja esta lindeza da sétima arte tosca subterrânea logo abaixo:


Página da banda: Leptospirose

Mollotov Attack - Atitude (Vídeo Clipe)


Mollotov Attack é uma banda de punk/hardcore que representa São Bernardo do Campo/SP. Os cabras soltaram recentemente o vídeo clipe da cantiga "Atitude", música que faz parte do disco "Resistência", lançado no ano passado. A Película foi gravada no famoséx Estúdio Noise Terror e leva o nome de Felippe Nicholas na produção geral do bagulho. Filmagem, fotografia e roteiro muito bem bolado pela equipe, música massa, clipe muito bem produzido, veja logo abaixo:


Página da banda: Mollotov Attack

24.10.13

Heretic - Lamashtu (Official Video)




Com um pouco de atraso e safadagem de minha parte, venho trazer/apresentar/mostrar para este seleto grupo de bacharéis que acompanham este sítio o mais recente vídeo da linda banda goianiense Heretic. A banda que mistura com muita originalidade o heavy metal com sonoridades orientais soltou no final do mês de setembro o vídeo da cantiga "Lamashtu", película esta editada pelo Luiz Souza (guitarrista da banda Ressonância Mórfica) e que conta com a participação da bailarina Loryen Zeytin. A música é uma das faixas do próximo disco da banda, previsto pra sair em dezembro e que recebe o título de "Liturgia". A banda é composta por Guilherme Aguiar (Spiritual Carnage) nas cordas finas, Laysson Mesquita (Disaffection) nas cordas grossas e Diogo Sertão nos batuques tribais. Se você gosta de som instrumental pesado, original e bem feito, este é o som, esta é a banda, um dos pontos fortes do underground goiano.

Página da banda: Heretic

Veja o vídeo da cantiga "Lamashtu" aqui:

ÉDEM SKATE ROCK FESTIVAL - 26 e 27 de OUTUBRO - AMERICANA/SP


26 de Outubro

Ratos de Porão
Leptospirose
Magüerbes
The900
True Hell
Kolapso Nervoso

27 de Outubro

GBH
Muzzarelas
Rusty Machine
Garrafa Vazia
Bojo 77
Scum Noise

Valores
26/10 - R$ 30,00
27/10 - R$ 60,00

Página do evento: Édem Skate Rock Festival


23.10.13

CAMBADA DE FILHOS DA PUTA TOUR 2013 - VJÖLENZA EM SP




GG Allin está abençoando essa nossa trip pela terra da garoa ácida. O que a música desajustada uniu, nem o the murder junkies separa. Serão 3 dias, 3 shows e o que vem por aí é uma incógnita. Toda tour geram inúmeras potocas e o que vale mesmo são as vivências que serão compartilhadas.

:: CAMBADA DE FILHO DA PUTA TOUR SP!
15/11 (sexta) - Campinas/SP @ Woodstock.
16/11 (sábado) - Mogi Guaçu/SP @ Bar da Rose.
17/11 (domingo) - São Paulo/SP @ TBC.

Obrigado a todxs xs envolvidxs! Nos vemos no pit!


Release roubado da página da banda: Vjölenza

Conheça o som desses cabras loucos do norte logo abaixo:


Depois faço uma resenha desse forró de som!

9.10.13

Josh Making Songs - EP (2013)


Josh Making Songs é uma banda de Curitiba/PR e que está na ativa há pouco mais de um ano, tendo a trinca poderosa composta por Lebenyck (voz/guitarra), Felipe Mazza (baixo) e Guga Schiochet (bateria). A banda faz uma original e excelente fusão entre o rock alternativo dos anos 90 (indie, post hardcore, grunge) com o emo noventista, e o resultado dessa miscelânea sonora pode ser conferida no mais recente e primeiro trabalho dos cabras, o EP auto-intitulado que conta com 5 lindas cantigas. O alto nível da produção do registro, bem como a perfeita timbragem dos instrumentos e voz faz aquele que for ouvir prestar atenção em cada acorde, em cada verso cantarolada de forma bem original pelo vocalista Lebenyck. As influências passeiam por bandas como Hüsker Dü, Fugazi, Embrace, Dinossaur Jr., Mineral e toda mistureba sonora adjacente, claro, com a força e as próprias peculiaridades que este power trio possui. Como sou um adorador e peguei esta fase noventista, a banda me impressionou muito pela qualidade e a sinceridade que passam através de melodias tocantes e sinceras, destacando aqui as cantigas "Travis Bickle", "Fences", "Shortcut" e "Sounds From Monday Night", ou seja, quase a bolachita toda. A sonoridade é muito nostálgica, e por hora bateu aquela saudade de esperar o Lado B que passava na finada emetevê, comandada pelo Kid Vinil. A excelente produção do disco leva a assinatura da própria banda e a bonita arte de capa é de responsabilidade de Leandro Benyk (raparigo que aprimora as cordas vocais nesta banda). Pode-se dizer que este é um grande lançamento dessa esfera underground nacional, um registro perfeito que deixa a sensação de querer ouvir sempre. Linda banda, ótimo disco!


Página da banda: Josh Making Songs 

Ouça o EP da banda aqui:




Download:

8.10.13

Scania - Dethroned (2013)


Scania é uma banda de Heavy/Death/Thrash metal oriunda lá de Taguatinga/DF. Conhecida e respeitada dentro da cena metal deste país, a banda composta atualmente por Mário Alvez (vocal), Ygor Morato (guitarra), Erick Oliveira (baixo) e Fred Colapso (bateria) volta com muita força lançando o disco "Deathroned". O excelente disco que conta com 5 cantigas leva a assinatura de Ygor Morato na produção e Caio Duarte (BroadBand Productions) na mixagem e masterização. "Dethroned", título do disco e música que abre a bolacha, mostra que o quarteto não estão brincando, são 5 minutos de uma brutalidade sonora em que destaca-se guitarras oitavadas e o poderoso gutural do vocalista Mário. Daí pra frente negada, é agressividade sonora da melhor qualidade, comprovada nas músicas "The Swarm" e "Rumours", cantigas que mais agradaram aos meus ouvidos. As introduções de "Embryo" e "Kill The Ripper" são emocionantes faz voltar um pouco no tempo e lembrar da fase de ouro do metal mundial. 
A linda capa, ilustrações do disco e tipografia é de responsabilidade de TAIOM, como o bonito projeto gráfico do disco levando a rubrica de Ygor Morato. O disco foi todo produzido de forma independente, baseado na amizade e companheirismo, coisa rara dentro desse underground, e o resultado final é esta obra prima do metal, disco impecável do começo ao fim, que agrada aos adoradores do heavy tradicional e aos fãs do metal mais contemporâneo. Disco muito bem feito e bem trabalhado, muito indicado aos amantes do heavy metal e suas vertentes!

Obs.: Esse disco é dedicado ao meu amigo e parceiro Josias, que hoje está do lado norte deste país, viva aê!

Página da banda: Scania

Baixe o disco aqui:


Confira o Lyric Video da música "Rumours"

Desventura - EP (2013)



Desventura é uma banda de hardcore/punk formada neste ano de 2013 na cidade de Uberlândia/MG. A banda soltou recentemente seu primeiro registro, um EP que conta com 6 cantigas que exploram o melódico e a intensidade, destacando guitarras, vocais e letras, ouça as músicas "Pior Lugar" e "Passo em Falso" e comprove um pouco do que citei. Bandas como Title Figth e The Story So Far são influências claras no som desses mineiros, a cantiga "Melhor Encarar a Tragédia Do Que Forjar Boas Intenções" mostra um pouco disso, ressaltando a intensidade e sinceridade sonora, maior destaque desta novata da cena. Ouça e indique pra suas amizades!

Página da banda: Desventura

Ouça o EP da banda aqui:

Baixe o Ep aqui:

4.10.13

AGATHOCLES (BÉLGICA) - 01/11 - TAGUATINGA/DF



Show com a lenda do grind/mincecore Agathocles, tocando pela primeira vez no DF.

Participações especiais:
- Terror Revolucionário
- Omfalos

Local: América Rock Club - Taguatinga Sul (Pistão Sul, em frente ao Carrefour)
Data: 01/11/2013 - Sexta-feira
Ingressos: R$30,00 (somente no local e em dinheiro)

Informações: 9699-0346 Fellipe CDC / 8115-4653 Barbosa 

Produção: CxSxTx & HxAxFx

Link do evento: https://www.facebook.com/events/1406161876268425





Still Here - Ainda Estamos Aqui - EP (2013)




Still Here é uma banda de hardcore formada no ano de 2010 e é oriunda lá de Cocal do Sul/SC. Formada pelos bacharéis Rodrigo (vocal), Raiva (baixo), Gladson (guitarra), Dú (guitarra) e Minho (bateria), a banda soltou no passado mês de julho o primeiro EP intitulado "Ainda Estamos Aqui" que conta com 6 energéticas cantigas calcadas no tradicional hardcore melódico. com letras politizadas que abordam as problemáticas sociais, mas também falam de questões existenciais. Destaco as músicas "Natureza Selvagem", "Dia a Dia (Revolta)", "Risco" e "Spinning Piledriver", que possuem uma pegada forte e são boa de ouvir enquanto enfrenta o cotidiano corrido da cidade. Para aqueles que gostam de hardcore, principalmente o melódico, e para aqueles que não se prendem a estilos e sempre buscam por novidades e evolução musical a banda é uma ótima pedida pra aguçar os ouvidos. Boa gravação, timbragem firmeza, vocal e instrumental bem encaixados e o som serve de combustível pra você que anda de bike, skate, ou que de alguma forma burla o sistema e foge dos carros, ônibus e demais conduções pagas. Banda massa, este blog indica!

*Arte de capa por: Cleomar Fogassa
*Produção: Still Here e Tiago Pimpas
*Mixagem e masterização: Elisson Maximo

Página da banda: Still Here

Ouça o EP "Ainda Estamos Aqui" logo abaixo:

Baixe o EP aqui:

Plus Galeria e Fnac Goiânia promovem exposição com debates sobre artes plásticas



Artistas retratam o universo musical na mostra “Impressões Sonoras” e falam sobre suas técnicas, processo criativo e produção de arte
A Fnac Goiânia inaugura em suas dependências, no Shopping Flamboyant, a exposição “Impressões Sonoras”, em parceria com a Plus Galeria, no dia 11 de outubro, sexta-feira, às 20h. O tema das 21 obras selecionadas é o universo musical, e os artistas abordam temas gerais sobre a música e também retratam personalidades que são ícones do pop, do rock’n roll, do jazz e do blues, como Madonna, Thelonious Monk, os Beatles e vários outros.
Durante a mostra, que fica em cartaz até 21 de outubro, serão realizadas quatro noites de debates abertos ao público com alguns dos artistas que fazem parte da exposição. Eles vão conversar sobre processo criativo, suas técnicas, produção e artes visuais de forma geral.
Debates
Em cada noite, um artista será o convidado do debate, e fará também, ao vivo, impressões de gravuras na técnica predominante de seu trabalho. No dia 11, Lupe, artista goiana radicada em Teresópolis, Rio de Janeiro, fará sua participação e imprimirá xilogravuras. No dia 13, é a vez do também goiano Oscar Fortunato fazer serigrafias ao vivo e dar sua contribuição.
Rustoff, outro artista local, é o debatedor do dia 15. Ele trabalha com a técnica do stêncil e também confeccionará gravuras. Por fim, Ramon Rodrigues, de Florianópolis, participa no dia 17, encerrando as noites de debates dos artistas, e vai imprimir xilogravuras. Todos os debates serão feitos das 20h às 22h, na Fnac Goiânia.
A iniciativa compartilhada entre a Plus Galeria e a Fnac Goiânia é de aproximar as pessoas dos artistas e do trabalho que realizam, permitindo que a arte esteja mais próxima do cotidiano da população goianiense.
A intenção da exposição é fornecer, por meio das cores, desenhos e texturas, uma plataforma física para estabelecer o diálogo estético das artes plásticas com a música, uma arte sensorial por definição.
Contatos Plus Galeria(62) 3278-2582 / 8428-3867
Contato Fnac
(62) 3612-2004

LinksPlusGaleria.com: http://plusgaleria.com.br/

SERVIÇO
O quê: Exposição “Impressões Sonoras” e debates com artistas plásticos
Quando:
Dia 11/10 (sexta-feira), abertura às 20h, e debate com Lupe
Dia 13/10 (domingo), às 20h, debate Oscar Fortunato
Dia 15/10 (terça-feira), às 20h, debate com Rustoff
Dia 17/10 (quinta-feira), às 20h, debate com Ramon Rodrigues
Onde: Fnac Goiânia – Shopping Flamboyant, Goiânia- GO
Quanto: Entrada franca. 

1.10.13

O Frio Finlandês no Setembro árido de Goiânia

Quinta-feira, 19 de setembro, trânsito caótico em Goiânia, calor da peste que causava um baita baque na molêra, muito gambé nas ruas, tiozinho cambaleando no sinaleiro pra pedir moedas que completasse o ordenado suficiente pra comprar uma dose e sustentasse o seu vício e uma enorme expectativa de minha pessoa em torno do concerto que seria realizado no período noturno. O rolêt já era aguardado por boa parte do underground lado b desta cidade, pois era dia de celebrar o nada e vangloriar a lendária banda Rattus, que pisaria em solos termais goianienses pela primeira vez, comemorando 35 anos de punk e resistência. Eu estava muito empolgado, coceira no foba a mil por hora, e mais cedo passei na Hocus Pocus pra adquirir de forma antecipada o desejado ingresso. Comprei logo dois, pois no caso de extravio de um eu teria outro garantido, malandragem metódica de cabra leso do juízo.
A trilha sonora até chegar nas imediações do evento foi comandada pelo lindo split Mahatma Gangue & The Renegades Of Punk, um dos registros preferidos de minha
amada-amante. Chegando no local do crime, que era um lavajato que já foi bar de mano e estabelecimento de ensino bancado pelo governo, fiquei na porta do recinto observando a movimentação das pessoas, ônibus, carros, cachorros e uns lambes pregados em paredes do outro lado da avenida. Como é de praxe, o evento havia sofrido um leve atraso, nada que comprometesse minha ansiedade, aliviada com boas goladas de água gelada e balinhas freegélis.
Os trabalhos da noite deu-se início com a local Death From Above e o público que ainda chegava aos poucos podia conferir o power-trio formado por Glauco Mingau, Danny Oncinha e Slake mandando a real com o seu d-beat maniac em uma das garagens. É sério, sempre achei as apresentações do D.F.A. muito bonitas, e desta vez não foi diferente, apresentação clássica do começo ao fim, clima punk oitentista total naquele espaço que dava de frente para a marginal botafogo, com alguns raparigos bailando na frente do
"palco" com bastante desconjuntura.
O calor ia aumentando, a galera chegando e os bons papos sobre hardcore ostentação (#risos) e estrelismo de subcelebridades do meio underground tomavam conta do bolinho em que eu estava inserido naquele momento. Alguns bebiam cerveja, outros catuaba, um ou outro cultuava uma boa safra de 1904 do vinho cantina das trevas, outros davam preferência para a vodca  e lá fora uma barraquinha que vendia espetinho de gato-engordado-com-rato-molhado-no-molho-de-pimenta-e-escaldado-na-farinha-de-mandioca salvava a negada que não era muito chegada nos rangos veganos, habituais nos rolêts punk/hardcore daqui.
Depois de uma rápida regulagem no som e instrumentos, os candangos do A.R.D., banda lendária da cena hardcore/punk do centro-oeste, davam o ar da graça naquela noite e o clima punk nostálgico ganhava de vez. Lembro aqui que um dos shows mais legais que vi no Old Studio (local em que realizava-se shows até num passado recente) foi do A.R.D., e depois de alguns anos a banda voltava a bailar em terras goianas. A apresentação comandada pelo vocalista Gilmar foi bem técnica, com um set que passeou desde o "Ataque As Hordas do Poder" até registros mais recentes como o split lançado
junto com a banda Phobia, e mostrou algumas características próprias da banda, que canta em outras línguas (alemão, espanhol...) e espalha a mensagem contra crimes ambientais e o abuso do capitalismo. Apresentação muito bem feita e que agradou aos presentes, pelo menos foi o que eu pude reparar.
E eis que a hora tão esperada pela almas sebosas presentes chegara. Era a vez do frio da Finlândia invadir o quase-clima-árido goianiense através da lenda punk RATTUS. Era a minha oportunidade de poder observar de perto o que eu perdi há alguns anos lá nas quebras do Gama/DF, e digo aqui nobres raparigos e elegantes moçoilas, que apresentação cabulosa. O baterista com seus 50 natais nas costas deu uma aula de versatilidade e malabarismo na batera, fato que deixou muitos, inclusive este que rascunha, com os cabelos do foba em riste. Era jovial bailando em compasso, doido do jipe amassando lata de cerveja na cabeça, nêgo tentando de forma vexatória cantarolar as cantigas em finlandês ~ fluente ~, entre tantos fatos engraçados e legais que rolou durante a
apresentação dos cabras oriundos do velho continente. Tinha até um hippie cigano que faz malabares nos sinaleiros da cidade com um rapariguinho no ombro, sacudindo, pulando e tirando vários sorrisos sinceros da criança. Depois de uma aula de punk/hardcore e muita nostagia, a banda fechou o show com o clássico "Rattus on Rautaa", fazendo a punkaiada véia presente ir ao delírio, com pulos toscos de emoção extravasada e tinha até alguns bacharéis rebolando os surrados corpos na brita com terra que havia no local.
Pra festa ficar completa e terminar num grandfinale, só faltou o garoto-seboso-molhado do lavajato, veja beeeeem, eu disse garoooooto, pois um escorrego meu na escrita e os fiscais da "cena" iriam rebolar com o cu na frente do pc. Infelizmente não pude ficar pra ver o som do Ressonância Mórfica, banda premiada da vez em ficar de fora da resenha, bom... mas como eu não tenho credencial de imprensa e pago pra entrar, a diversão, a troca de ideias e a noite quente que ficou na memória de algumas centenas de presentes é o que vale destacar. Obrigado mesmo aos envolvidos e que mais rocks clandestinos apareçam!


Obs.: Sem estrelismo e sem choramingo, este blog não tem compromisso com porra de "cena" nenhuma, escrevo o que tenho vontade, deixo de escrever o que acho que merece, não pago pau pra falsos libertários travestidos de patchs de bandas que não conhecem e se quiser cobrar é só chegar e soltar a letra, não sou obrigado a escrever pra agradar, e deixo uma dica simples: faça seu blog, seu zine e escreva sobre sua banda e seu clã. Mais do que ninguém, o D.I.Y. me ensinou que nunca devo esperar do outro, que o melhor é fazer e não reclamar. Beijos!

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