30.1.18

Tempos de Morte - Morte (2016)




Voltando dois anos no calendário, lembro que alguém tinha me mostrado esse som, mas que por algum acaso (uso descontrolado de droga) esqueci de falar dobre essa raridade sonora. Bom, a banda em questão é conhecida pela graça de Tempos de Morte e destila um excelente post punk, pra vagabundagem nenhuma botar defeito.

Em Morte a banda apresenta quatro maravilhosos sons que exploram toda a atmosfera da sonoridade deprê/obscura oitentista, transportando aquele que ouve para o clima sombrio das ruas e da vida amarga. O quarteto paulista deixa bem claro que aqui não tem o que inovar e nem inventar, seguir os passos de quem deixou o legado é necessário e por vezes coerente. Portanto se você gosta de post punk feito nos anos 80, essa banda e este registro é uma ótima pedida, sonzinho pra ouvir em dias angustiantes, acompanhado de uma boa bebida e leitura. Vai por mim, o esquema é cabuloso até umas horas, banda foda da peste!




16.1.18

Damn Youth - Breathing Insanity (2018)



O bom filho podre a casa volta e depois de uma bela queda que acabei esfolando a alma por inteiro retorno de vez com o mais imundo que pode existir ao que refere-se aos escritos de discos de bandas do lado b do subterrâneo. Para esse recomeço, nada melhor (ou pior) do que subir uma penca de quilômetros e  dichavar a mais recente obra do thrash maniac nacional. Estou dizendo do primeiro álbum da Damn Youth, bandinha maloqueira que situa-se em Caucaia/CE.
Resolvi começar por eles pelo simples fato de que fiquei retardado ouvindo esse play ao deslocar-se para a o semi aberto (aka trabalho) e no trajeto já ia matutando os escritos que iriam entrar neste espaço. Thrash Metal de bandidagem que baderna nas ruas, o disquinho chega frenético com 13 pogantes cantigas que exploram o melhor da velha escola do estilo, mesclando com o crossover forrozeiro de sempre. Logo de cara a faixa Fear Within que abre a bolachinha deixou o cabra aqui bastante empolgado com o que viria depois. E isso foi confirmado nas doze músicas seguintes, uma doidice de riffs, baquetadas, baixo berimbando sem piedade e vocais reverbados que depura qualquer ouvido seboso. Skate Revenge, Jurisdiction, Dynamite Is All That We Need, Reaching Extiction, Still Destroying the Paradise, Uncertain Days e No Future foram as que mais pertubaram o meu juízo e desejo que cause danos em sua mulêra também. O material ilícito é um lançamento da Cospe Fogo e 255 recs, e que já coloco entre os destaques dos lançamentos deste ano. Pelo jeito Vio-Lence, Slayer, Violator, D.R.I. Suicidal Tendencies & Cia ensinaram muito mais através de seus acordes e melodias aceleradas do que pais e professores do ensino tradicional. Esses doidos cearenses tiraram as devidas lições que podem ser ouvidas neste maravilhoso registro. 
No mais é isso pessoal, o blog voltou mais podre e imundo, pra falar sempre do que ninguém diz. Obrigada e espero que gostem.

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